domingo, 27 de dezembro de 2009

Diretamente de Florianópolis

Hoje, estou escrevendo de longe. Todo ano minha família viaja entre o natal e o réveillon para aproveitar as férias. Esse ano, o local escolhido foi Florianópolis, capital de Santa Catarina, no sul do país. Confesso que o destino não foi tããão planejado como é de costume. Pensávamos em visitar a cidade há um tempo, mas não tínhamos agendado nada. Eis que surge uma mega promoçao de passagens da Tam na internet: ida e volta até Curitiba por cerca de 150 reais. Comprado.

(Nessa foto aérea dá pra ver a ilha Santa Catarina e a ponte que une o continete à ilha. Foto tirada desse link)

Assim, acordamos às 4h30 da manhã - esse é o incoveniente das passagens em promoção - para pegar um vôo às 6h45. Uma parada em Campinas e, às 9h30, já estávamos em Curitiba. De lá, pegamos um carro cá estou.

Como esse é oficialmente o primeiro dia, ainda não visitamos muitos lugares. Posso dizer que Florianópolis é muito bonita e, apesar de ser uma capital, muito tranquila. Mais de 92% da cidade está na ilha de Santa Catarina, o restante fica no continente. Com cerca de 400 mil habitantes, Floripa tem um ritmo diferente. Pensei que isso podia ser resultado de ela ser praiana, mas o Rio de Janeiro também o é e nem por isso deixa de ser agitada. Seria então o fato de a cidade, mais do que ter praias, estar rodeado delas, já que é uma ilha? Descartei de cara, pois a distância que a separa do continente não é tão grande. Seria, então, as férias? Também não, já que "férias" não é uma palavra universal. O comércio, os hotéis, os negócios, os professores... não páram.

Arriscando o único palpite que ainda não descartei, diria que tem algo a ver com a segurança do lugar. Assim, chegando também na palavra-chave cultura. Florianópolis é a capital brasileira com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (cerca de 0,875) e a quarta cidade do país com a melhor qualidade de vida.

Pode-se andar pelas ruas de madrugada sem temer assaltos ou sequestros. Pode-se deixar o carro a quilômetros de distância da sua cadeira de praia que ninguém vai fazer nada com ele. As pessoas são educadas e bem simpáticas. Você pede um informação e elas te respondem falando mais do que você esperava e puxando conversa.

E amarrado a tudo isso temos as praias. Disse que o fato de Floripa ser uma cidade praiana não explicava seu modo de viver, mas é claro que isso interfere um bocado. Ver uma paisagem bonita logo pela manhã alegra o dia de qualquer um. Não digo que as praias são mais bonitas que montanhas ou vice versa. Mas em uma capital ver montanhas é muito difícil pois a cidade cresce tanto que, quando há alguma elevação no terreno, ela já tem um monte de casa em cima. Com o mar é diferente. Ou você vai querer tirar ele de lá? Sem contar que praia é sinônimo de lazer: as pessoas tomam sol, caminham, praticam esportes, pescam. As pessoas costumam ser mais abertas nesses lugares.

Ainda não tenho certeza se vou ter tempo para escrever mais durante a viagem. Afinal, também quero descansar. De toda forma, vou passeando, guardando lembranças e tirando fotos para contar tudo depois. Dia 4 de janeiro (no máximo) tem post novo. Abraços e boa virada de ano para todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Então é Natal!

Amanhã é Natal! Já disse aqui no blog o tanto que gosto dessa época do ano. Apesar dos shoppings lotados e da correria para comprar presentes de amigo oculto, é um clima muito bom: luzes espalhadas pelas avenidas, muita rabanada e votos de felicidade. Assim que percebo que o Natal está chegando faço questão de entrar no clima. Quando a gente é criança contamos as horas pra ver o Papai Noel, mas depois que a gente cresce um pouquinho que seja, pronto: faculdade, trabalho e outros deveres desviam a atenção. É preciso esforço pra entrar no clima... e eu faço questão de me esforçar.

(A forma mais gostosa de fazer uma coisa salgada virar doce. Saiba como fazer rabanada aqui (vai por mim: faz a primeira. Rabanada com leite condensado fica muito doce. Foto tirada desse link)

Esse ano, no início de dezembro, tirei um sábado de manhã par arrumar minha casa inteira. Depois, eu e minha mãe preparamos rabanada com todos os pães velhos que tinham em casa. Ao longo do mês, vejo quantos filmes e desenhos natalinos eu puder. Vale a pena! Não posso dizer "Natal não tem mais graça", ou "nem vi dezembro chegar" e eu gosto disso.

A comemoração do Natal aqui no Brasil acontece dia 24. É nesse dia que as famílias se reúnem a noite, sentam em volta da mesa para conversar e, perto de 10 horas da noite, oram de mãos dadas. Depois da farta ceia de Natal (uma das melhores partes), acontece o amigo oculto. Até dar meia noite alguns tios já ficaram mais bêbados, sua avó já deu algumas cochiladas no canto do sofá e todo mundo continua beliscando o que sobrou da torta de sobremesa. Mas quando dá meia noite todo mundo pára pra olhar as crianças desembrulhando os presentes.

No outro dia, cada um na sua casa, é hora de ver o que papai Noel trouxe durante a noite. Na hora do almoço, todos se reúnem novamente para almoçar o retso da ceia de Natal (que sempre sobra). As crianças, não param de brincar e exibir seus presentes.

(Dos embrulhos, só sobram as migalhas)

Esse é um natal tipicamente brasileiro. O seu pode não ser assim, mas acontece dessa forma na maioria das casa. Mas e nos outros países, como é? Resolvi, nesse post pré-Natal, mostrar como as pessoas comemoraram a data:

Estados Unidos

Repleto de luz, os norte-americanos gostam de esbanjar no brilho e na decoração, que conta com bonecos de neve (isso fica mais fácil para quem não mora em uma região tropical) e velas coloridas. As guirlandas são quase obrigatórias. Vizinhos e corais se organizam para cantar canções natalinas pelo bairro. A ceia acontece no dia 25 e tem como prato principal peru recheado. Dentro de casa, as crianças colocam meias perto da lareira e deixam um copo de leite e um prato com biscoitos para o Papai Noel comer quando chegar.

(Natal é mesmo em Nova Iorque! A pista de patinação do Rockfeller Center é uma entre várias. Foto tirada desse link)

Canadá

Em certas regiões os jovens se fantasiam e visitam lares de idosos e deficientes desejando Feliz Natal. Alguns cidadãos fazem como os estadunidenses e saem pelas ruas cantando e tocando instrumentos. A ceia dos canadenses acontece na véspera de Natal (dia 24) e é composta por muitos e diferentes tipos de peixes.

México

A religiosidade dos mexicanos é bem acentuada. Nove dias antes do Natal, eles começam a realizar procissões para lembrar os difíceis acontecimentos antes do nascimento de Jesus. Esse período simboliza a ida da família de Nazaré para Belém, que durou nove dias.

Cuba

O Natal foi banido do calendário cubano desde 1969, quando se instalou a Revolução socialista. Só em 1998, com a visita do Papa João Paulo II, o Natal voltou a ser comemorado "oficialmente". Ainda assim, a data não é significado de luzes e enfeites, que só aparecem em algumas casas. Dia 25 de dezembro passa como se fosse um feriado qualquer, a exceção das famílias que ceiam pernil ou leitão assado. De sobremesa, o torrone ganha do panetone.

Equador e Bolívia

A tradição religiosa aqui também é forte. Como a maior parte da população desses dois países é indígena (ou tem descendência de índios), as peças dos presépios têm rostos com olhos puxados e cores mais morenas.

(Presépio de natal do Equador. Foto tirada desse link)

Venezuela

O Natal na Venezuela tem uma curiosidade: as crianças vão para a primeira missa do dia 25 de patins. São tantas, que o trânsito de veículos costuma ser interrompido para que elas passem. Um dia antes, as crianças amarram um barbante ao dedão do pé e colocam o resto da corda para fora da janela. Assim que as primeiras crianças acordam e vão para as ruas elas passam puxando os barbantes das outras, chamando para a missa.

Argentina

No interior do país, a ceia acontece do lado de fora das casas, no quintal ou no jardim (sempre do lado de alguma churrasqueira). As festas começam e terminam bem tarde e são regadas a muito vinho e champagne. Também é comum soltar fogos de artifício a noite.

Portugal

Na "terrinha", e não para menos, o natal é bem parecido com o nosso. A diferença está no prato principal da ceia, que é bacalhau e arroz de polvo. O doce típico do Natal português também é a rabanada, mas há ainda uma surpresa para as crianças: durante a ceia elas podem comer o bolo-rei, um pão de frutas que vem com um presente dentro, algo como um ovo de páscoa natalino.

Itália

Todas as igrejas montam presépios e a ceia é regada a peixes e massas. As crianças italianos esperam ainda mais para receber os presentes. Na itália, eles são entregues só no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, para lembrar a visita dos Reis Magos ao menino Jesus. Enquanto o dia não chega, as crianças esperam a visita de Befana. Segundo a lenda, os Reis Magos pararam antes de chegar a Belém e pediram abrigo e comida a uma senhora que se chamava Befana, que recusou. Dias depois ela estava arrependida, mas já era tarde para encontrar os três homens. Até hoje ela anda pelo mundo a procura de Jesus. Befana traz presentes ao meninos bons e castigos aos maus.

(Pessoas admirando decoração de Natal no Vaticano algumas horas antes da Missa do Galo, rezada pelo Papa. A missa atrai milhões de pessoas, todo ano, às 00h00 do dia 25 de dezembro. Foto tirada desse link)

Suécia

Aqui a festa começa cedo, dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Para quem nunca ouviu falar nele, São Nicolau nasceu no século III, em uma família muito rica. Com a morte dos pais ele seguiu a vida religiosa e resolveu doar todos seus bens. Famoso pela sua generosidade, ele virou lenda. Diziam que todo ano ele passava por vários locais doando presentes para as crianças: o Papai Noel. Voltando à Suécia, no dia 6 de dezembro as crianças escrevem cartas, as trocam com São Nicolau por um saco de balas ou nozes e ficam esperando seus presentes chegarem no dia 25. Na ceia também há uma tradição: a filha mais velha se veste de barnco com sete velas na cabeça e passa pela mesa servindo bolo a todos da família.

França

A tradição dos franceses no Natal é a reconciliação. Eles visitam a casa de algum amigo e pede perdão. Depois, brindam a união com vinho. Para a ceia, cada região tem seu prato principal, que pode ser pato, peru ou ostras. Os alunos mais novos representam cenas da vida de Jesus durante o mês de dezembro.

Belém

Em 25 de dezembro, Jesus nasceu em uma manjedoura, em Belém. Como era de se esperar, o Natal na cidade é cheio de peregrinos e tribos árabes da região. Milhares de pessoas se ajoelham na cripta da capela dos franciscanos e oram por Jesus em frente ao seu berço, que é exposto na igreja somente do dia 24 para o 25. Os franciscanos oferecem uma ceia aos peregrinas de pão preto e vinho. Quem mora em Belém comemora o Natal em família, com muitas orações.

(Dizem que foi aí que Jesus nasceu. As pessoas se ajoelham no local para adorar o berço. Foto tirada desse link)

Índia

A população indiana é majoritariamente hindu ou muçulmana. Assim, o Natal não é comemorado oficialmente. As casas são decoradas com enfeites, mas não se nota nada nas ruas. A árvore típica, inclusive, não é o pinheiro, mas espécies mais comuns como a mangueira e a bananeira. A tradição de dar presentes, porém, é seguida. Também é costume dar esmolas maiores nessa época do ano.

China

O Natal na China é bem iluminado e decorado. as casas ficam enfeitadas com lanternas de papel e as crianças também colocam meias perto das árvores de natal. Porém, como o país não é católico, a festa mesmo acontece no final de janeiro, quando eles comemoram o Ano Novo chinês. Nessa data as crianças ganham presentes e todos comem pratos típicos durante o dia. Retratos de familiares que já morreram são pendurados no local mais visível da casa para serem lembrados.

(Lanternas de papel chinesas. De diversas cores, formatos e tamanhos, as lanternas são muito comuns na China e no Japão e estão associadas a festas. Foto tirada desse link)

Japão

Por também não ser um país católico, o Natal não é muito difundido. Apesar disso, os japoneses abraçaram a tradição de distribuir presentes durante uma ceia aonde o prato principal é o Peru. Outra tradição que se difundiu bastante foi a do presépio, mas eles têm um jeito próprio de arrumar. Como as bonecas são muito apreciadas e colecionadas pelo país, o presépio é montado com esses objetos. Cada menina gosta de montar o seu.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Aqui você paga para ser um rato

Deixar de ser você e se passar por uma outra pessoa ou personagem é difícil e incomum, mas acontece em alguns momentos. Um deles é durante o Halloween ou festas a fantasia, quando podemos criar até personalidade para nosso novo "eu". Às vezes, ao mudar de trabalho, cidade ou entrar em um novo círculo de amigos temos a impressão de termos nascido de novo ou de podermos mostrar àqueles que não nos conhecessem uma nova pessoa.

(Já se imaginou passando por um desses? Foto tirada desse link)

Uma outra possibilidade, ainda mais incomum, é passar alguns dias no hotel Villa Ramster, em Nantes, na França. Lá, você pode ser... um hamster. Com direito a se vestir de rato, comer ração, dormir em cima do feno, usar aquelas rodinhas onde os animais se exercitam e usar um orelhão.
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A novidade custa caro: são 99 euros (cerca de 250 reais) a diária. E como ninguém que já tenha experimentado alguns confortos humanos consegue ficar sem eles, a diária deve aumentar devido ao pedido dos hóspedes por TVs de tela grande e internet sem fio.

Os inventores do Villa Ramster, os franceses Frédéric Tabary e Yann Falquerho, são donos de uma empresa especializada em oferecer ambientes estranhos e diferentes aos seus clientes. Segundo eles, a maioria dos hóspedes que procura o lugar já teve hamsters na infância e gosta de animais. Ainda assim, alguns dos hóspedes não querem necessariamente se sentir como ratos, mas simplesmente sair da rotina.

(Para mostrar como é fácil e "normal" ser um hamster por um dia, o proprietário do hotel, Frédéric Tabary, coloca a fantasia de rato oferecida pelo hotel e se joga na rodinha. Foto tirada desse link)

Há um vídeo no youtube de uma entrevista com Frédéric Tabary que mostra diversas imagens do hotel. Apesar de o local ter sido pensado à semelhança de uma gaiola de hamster, não deve ser essa a sensação do hópsede: o quarto é grande e cheio de objetos finos na decoração. O vídeo está em francês, mas, acredite, você nem vai se importar em não entender o que ele fala:


* Essa matéria saiu pela primeira vez no site FUNtástico, nesse link.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

De onde vem as roupas - Personagens (5)

Você já leu a etiqueta da sua roupa hoje? O que está escrito? Um norte-americano fez dessa curiosidade uma forma de viajar. Descobri essa notícia no blog Viaje na Viagem, do turista profissional Ricardo Freire no dia 8 de junho desse ano. Achei bem interessante e resolvi mostrar aqui:

Kelsey Timmerman estava em sua casa em Muncie, Indiana (USA), quando, ao vestir sua camiseta de estimação com a estampa do tatoo da Ilha da Fantasia, resolveu xeretar onde poderia ficar o tal lugar. Foi ver na etiqueta: estava escrito made in Honduras.

("My obsession with where my clothes were made took me around the world", Kelsey Timmerman. Foto tirada desse link)

Teve uma ideia de viagem: ir aos lugares onde são fabricadas as roupas que os americanos vestem. Completou seu itinerário com as roupas que estava usando naquele dia: cuecas de Bangladesh, um jeans do Camboja e sandálias de dedo da China.

O que podia virar uma reportagem-denúncia sobre a globalização e as condições sub-humanas de trabalho em que as roupas são produzidas mundo afora virou um relato apaixonado pelos lugares e pessoas que Kelsey conheceu pelo caminho - exploradas, miseráveis, mas que estariam ainda pior sem seus empregos.

A viagem virou um livro, o Where am I Wearing? (algo como "Onde estou vestindo?"), e também um site de mesmo nome.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cansado de passar o ano novo no Brasil? Pegue um avião e prepare o champagne


Cada país comemora a virada de ano de uma forma bem peculiar, apesar de roupa branca, champagne e fogos de artifício já terem virado símbolos dessa festa. De uma forma geral, é difícil concorrer com o Brasil, que leva verdadeiras multidões às ruas e trazem shows literalmente de parar o trânsito. Em muitas cidades estrangeiras, a folia começa mesmo depois da meia noite, em festas badaladas oferecidas por boates ou restaurantes privados. De toda forma, cada lugar traz um espírito diferente.

Se no último post falei sobre três das festas de réveillon mais famosas do Brasil, nesse falarei sobre a comemoração em três cidades estrangeiras que também chamam a atenção: Nova York (EUA), Paris (França) e Sidney (Austrália).

Nova York

A festa mais famosa da cidade que "nunca dorme" acontece na Times
Square. Mais de 1 milhão de pessoas vão até lá para assistir ao espetáculo de fogos de artifício. Quando o relógio marca 23h59, a New Year's Eve Ball, uma imensa bola de coberta com 2.668 cristais e mais de 32 mil lâmpadas, coloridas começa a a descer da torre da Times Square.

(De um lado, a loucura da Times Square, lotada como sempre. Os fogos de artifício saem por todos os lados da torre central (u dia ainda descubro como fazem isso sem o risco de queimar nada ou dar um curto circuito. Do outro, a New Year's Eve Ball. Durante o dia, claro. Fotos tiradas desse e desse link)

Paris

O réveillon, palavra francesa que significa "despertar do dia", tem dois endereços aqui. O primeiro é no Arco do Triunfo, localizado no final da avenida Champs-Élysées. Os fogos de artifício podem ser vistos em vários pontos da cidade. O segundo é na Torre Eiffel, onde a queima de fogos ilumina seus 317 metros. Esse ano a prefeitura promete um espetáculo ainda maior em comemoração aos 120 anos da torre. Em Paris, passar o réveillon tomando um bom champagne é quase obrigatório.

Sidney

Para muitos, é o único espetáculo que pode competir com o de Copacabana. É da ponte Harbour Bridge, famoso cartão postal da cidade, que ocorre a explosão das mais de três toneladas de fogos de artifícios. A prefeitura de Sidney organiza duas queimas diferentes: uma às 00h e outra mais cedo, às 21h, para as famílias. Fique esperto com as alcohol free zone. Pode ser confundida com zona livre para álcool, mas quer dizer livre DE álcool. Quem for pego com bebidas pode levar multa...

(Foto tirada desse link)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Com 2010 chegando, você não vai querer ficar em casa

A preparação para as festas de final de ano começam, às vezes, até antes de dezembro. Alguns procuram um lugar para comemorar a virada do ano com bebida, comida e muita música. E é difícil encontrar uma cidade que não ofereça isso: há sempre várias casas de show, hotéis ou salões organizando festas para quem prefere não sair da cidade. Outros, vão em busca das melhores viagens e das festas ao ar livre, aquelas cheias de foguetes e com shows para um batalhão de pessoas. Abaixo você confere algumas delas:

Rio de Janeiro

A cidade já é conhecida por promover o maior réveillon do mundo: são 2 milhões de pessoas a beira da praia de Copacabana para assistir os 20 minutos de estouro dos fogos de artifício.

(Réveillon na cidade maravilhosa. Foto tirada desse link)

Esse ano, simultaneamente a queima de fogos, a prefeitura do Rio organizou um inédito show de laser. Entre os artistas escalados para tocar na festa da virada do ano estão praticamente confirmados também Beyoncé e Madonna.

Salvador

O Nordeste é responsável por 34,7% dos viajantes estrangeiros - fora os brasileiros - nessa época do ano, e 11,6% deles escolhem a Bahia como destino final. A festa de réveillon de Salvador é uma das mais procuradas e uma das mais baratas. A principal queima de fogos acontece no Farol da Barra. As festividades continuam no dia seguinte, sempre ao som de muito samba e axé.

Para muitos, o réveillon da Bahia é o mais charmoso, e isso se deve a religiosidade de seu povo que, na virada do ano, enche o mar de rosas brancas e barquinhos com flores, espelhos e bijuterias oferecidas à Iemanjá, orixá africano aclamado pelos praticantes das religiões afro-brasileiras.

(O símbolo de Iemanjá é tao forte que mesmo quem não segue alguma religião afro-brasileira lhe dedica flores no início do ano ou no dia 2 de fevereiro, data da festa desse orixá. Depois do réveillon, quando amanhece o dia, o mar já está cheio de rosas. Fotos tiradas desse e desse link)


Florianópolis

A festa na capital catarinense é conhecida com réveillon-luz, isso porque o maior símbolo da cidade, a ponte Hercílio Luz, fica coberta de micro-lâmpadas desde o natal. É de lá que vem a paisagem mais bonita da cidade na virada do ano: uma imensa cascata que cai da ponte e deságua no mar.

Além disso, a queima de fogos na Avenida Beira Mar Rio, próxima à ponte, recebe o nome de Show Piromusicado devido a sincronia das explosões com as músicas especialmente criadas para a festa. O réveillon é comandado pelos jovens, tanto que a festa vai até de manhã sem interrupções. Para quem prefere um barzinho e um clima mais calmo também há opção.

(Agora imagine essa imagem com fogos e mais fogos coloridos! Foto tirada desse link)

*Esse ano é pra lá que eu vou, e prometo voltar com muitas fotos e informações.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sorvetes Exóticos. Haja estômago!

Para iniciar o novo marcador de Gastronomia, resolvi postar uma matéria que escrevi para o site FUNtástico há menos de um mês, sobre sorvetes exóticos. Acreditem, eles existem!

Sorveterias com sabores exóticos se multiplicam, e o público também

No Brasil e no mundo, os sorvetes napolitano e chocolate são passado. Que tal experimentar um sorvete de rosas. De cupuaçu? Jiló? Na frente de sabores tão exóticos os clássicos até perdem um pouco a graça.

(No Japão, comum mesmo é sorvete de tentáculo de polvo ou tinta de lula (foto), que são mais pedidos que chocolate, creme e outros sabores clássicos. Foto tirada desse link)

Em Belo Horizonte, a sorveteria I Scream lançou uma série de sorvetes pra comemorar a festa junina nos meses de junho e julho. Entre as invenções do sorveteiro e proprietário da loja, Fernando Lana, estavam os sabores de pé-de-moleque, brigadeiro, tapioca com cocada, arroz doce e canjica. No Rio de Janeiro, a delícia gelada da vez é a capuchinha, um sorvete criado há quatro anos feito a base da flor comestível de mesmo nome. A sorveteria Mil Frutas, responsável pela receita, mistura a flor com um creme inglês, mel e gergelim preto. A sorveteria oferece ainda mais de 160 sabores, entre eles absinto, nozes com ovos moles e manjericão.
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Temperos como azeite de oliva também viram sorvete, dessa vez em Porto Alegre. O segredo da Di Argento, responsável por essa e por outras receitas como o zabaione, feito de creme de ovos e vinho do porto, é usar sempre frutas congeladas ou in natura, artificiais. Além disso, em todo o Brasil é possível encontrar sorveterias especializadas em frutas típicas de uma região como as do cerrado. Lichia, cagaita e cajá são facilmente encontradas nesses locais.
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(Foto tirada desse link)

Mas não é só no Brasil que a moda está se espalhando. A maior marca de sorvetes artesanais da Espanha, a Llinares, prometeu lançar a "sorveterapia". Eles usam ervas e plantas medicinais nas suas receitas e dizem que podem tratar celulite, estresse e até impotência.
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Em Tóquio, no Japão, a Cidade do Sorvete recebe cerca de 2 milhões de pessoas por ano. O local reúne sete lojas que vendem mais de 500 variedades. O blog Japanese Ice Cream (em inglês) traz receitas, fotos e novidades de tudo quanto é sorvete japonês. Os sabores? Língua de boi, asa de frango, cobra, alho, polvo, barbatana de tubarão e por aí vai. Há também uma série de opções para os vegetarianos, como soja, inhame e arroz. E aí, vai encarar?