segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E cai a noite - bares

Entre as 140 mil pessoas que vivem em Clermont, cerca de 35 mil são estudantes universitários. Desse número é possível tirar várias conclusões. Isso significa uma cidade com algumas grandes moradias, muitas lanchonetes, muitas padarias vendendo baguettes para substituir o almoço a preços acessíveis... e muitas festas. Muitas.

(Na primeira semana, ainda não sabíamos aonde ir. Paramos no Australian Pub da Place de Jaude. Quando saímos, conhecemos um francês que se tornou nosso primeiro amigo e primeiro "guia de festas")

Encontrei algumas pessoas que se diziam enjoadas da cidade por ela ser "parada". Acredite, não é verdade. Éla é pequena se comparada a grandes centros urbanos ou capitais. Pode até ter um shopping, poucos cinemas e algumas boates. Mas muitas festas. Quem procura encontra o que fazer de terça a domingo. Foi, basicamente, o que eu e minhas amigas fizemos.

A cidade tem lá suas particularidades. O dia de festa, de sair sem hora pra voltar, era quinta-feira. Isso porque grande parte dos estudantes volta para suas cidades nas sextas, pois estão a poucos quilômetros de distância. Assim, a festa tem que ser um dia antes. Às quintas de Clermont são como nosso sábado a noite.

Outra que a gente demorou para entender foi a diferença entre bar e boate, já que muitos bares tocam música, têm espaço para dançar, luzes psicodélicas mas... fecham cedo. Pela lei, os bares de Clermont podem ficar abertos até 2hr da manhã. Já as boates, até 5h.

(Entrada do The Still. Foto tirada desse link)

A noite, então, começava ou na nossa residência ou na casa de alguém (ambas as opções regada a garrafas de vinho) ou em algum bar. Entre eles, o que mais frequentávamos era o The Still Irish Bar. Fomos lá no final de setembro a convite dos estudantes ingleses e irlandeses, que faziam uma "english night". Desde então, íamos lá praticamente todas as quartas-feiras. A festa dos erasmus ingleses passou a ser só uma desculpa. Lá, fizemos amigos e passamos boas noites. O local é extremamente agradável, além de trazer uma mesa de sinuca e telões para os jogos de rugby e futebol. Para quem gosta, o The Still traz uma enorme variedade de cervejas.

O Seven também era destino certo. E vinha com bônus: estava a dois quarteirões da nossa moradia. Foi lá que fizemos nossa primeira festa brasileira. Para comemorar o aniversário de duas amigas, conversamos com o garçon do bar (felizmente, brasileiro) e organizamos um festão, com direito a bandeira na porta, correntinha de festa junina verde e amarela, playlist brasileira e muito samba! Foi a primeira vez que o bar viu pessoas subindo nas cadeiras e mesas para dançar... ao som de funk, claro.


(A bandeira do coração e a disputa no totó. Porque se a festa é brasileira, futebol é pré-requisito)



Entre os bares-com-cara-de-boate, no topo da nossa lista vem o Mojitos. O local toca músicas animadas para dançar a dois, como zouk e reggaeton. Outro que nos conquistou pela música - praticamente as mesmas que o Mojitos, mas com inspiração africana - foi o Petit Biza. Pequeno, o estabelecimento apresenta um espaço mais ao fundo com mesas, cadeiras e sofás e outro sem móveis pois, invariavelmente, as pessoas vão começar a dançar.

Para quem está na dúvida, é só ir ao Boulevard Troudaine. A avenida é cheia de bares, um do lado do outro. Na maioria das vezes, nós parávamos no Bario Latino, um bar decorado a bandeiras portuguesas, brasileiras, cubanas... O proprietário, português, virou nosso coleguinha. Já fomos lá para dançar, mas como a música é um pouco fraca o local convida a um bom bate-papo.

(DJ toca no galpão da Coopé. O som fica do lado de dentro. Do lado de fora, tendas, gente bonita e clima de paquera. Foto tirada desse link)

Existe um lugar em Clermont, porém, sem definição. Casa de shows, boate, buteco. A Coopérative de Mai era um pouco de tudo. Na primeira quinta-feira de cada mês o estabelecimento abre suas portas para o Afterwork, um evento gratuito que começa às 18h e termina às 0h. A ideia é simples: abrir as portas do galpão, oferecer cerveja barata e convidar dois a três DJs da nova cena francesa para tocar. O lugar dá muito gente bonita e é garantia de música boa!

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