domingo, 26 de julho de 2009

Cobertura cultural

Um dos meus primeiros posts sobre a cidade de Diamantina trazia a cobertura de um dos eventos do 41º Festival de Inverno, a apresentação do grupo de percussão Iukerê. O evento continua e hoje decidi dar uma geral do que vi aqui na cidade em termos de apresentações até agora para vocês terem uma ideia do tamanho do festival (em termos quantitativos e qualitativos).

Na quarta-feira asistimos a uma peça que se chama Eu ainda tenho leite. A peça é resultado de uma disciplina do curso de Teatro da UFMG e traz a vida de cinco mulheres (algumas reais e outras não): um fantasma, uma vítima dos campos de concentração nazista, uma prostituta aposentada com câncer, uma virgem de 60 anos e uma mulher que casou por convenção. A peça se passa em uma casa: começa fora dela e somos conduzidos por uma das personagens ao longo das cenas.


No mesmo dia fomos assistir ao show de Jards Macalé. Pergunta pertinente: alguém já escutou falar nesse cara? Meu Deus, todo mundo na fila do ingresso falando dele e eu: “Quem?”. Para mim se resume a uma frase: compositor da música Vapor Barato. O show foi, digamos, interessante. Ele é um cara meio estranho e com uma voz muito boa, mas desgastada pelo cigarro.

Na quinta-feira foi a vez do Circo do Só Eu: a história de um palhaço que foi abandonado pela sua trupe e veio sozinho fazer o show. Estava lotado, a ponto de eu ficar em um morro atrás do palco a metros consideráveis de distância! A noite teve um espetáculo chamado Musicosfera, do Mauro Rodrigues Quarteto. Show instrumental que misturava jazz e blues. A todo momento lembrava de músicas conhecidas, mas adaptadas.

Sexta-feira fui ver o filme Ressaca. E ele é assim: o cara criou um painel redondo com imagens virtuais. Quando ele clica nos pontos luminosos do painel eles se abrem para algumas imagens e vai montando o filme ali, de acordo com a reação da platéia. São 120 imagens sobre a história de um adolescente nos anos 80. Até agora a técnica é um mistério para mim, mesmo ele montando o filme na nossa frente. O filme em si não ficou maravilhoso. A idéia de edição ao vivo é mais interessante do que a história.

O final da noite estava reservado ao espetáculo Dolores, da Mimulus Cia de Dança. O espetáculo traz as temáticas de Pedro Almodóvar ao som dos vários ritmos da dança de salão. O cenário traz cores fortes e música bem marcada. Não há uma historia linear, mas varias histórias aos quais a platéia se identifica. É ótimo. Há quem diga que durou mais que o necessário. Pode ser, mas ainda assim foram uns 15 minutos de palmas ininterruptas.
Ao longo do Festival ainda vão acontecer apresentações de teatro e de música, lançamentos de livro e exposições. Como destaque desses próximos dias há o Grupo Galpão e o Duo Eisenberg Adour, de violão e flauta.

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