sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Verão tem que dar praia

Se você vai para o litoral, o mínimo que pede a todos os santos é que faça sol para poder dar um mergulho no mar. Se essa viagem acontece no verão, o pedido é ainda mais forte. Quem quer garantia de tempo bom tem que ir para o Norte ou para o Nordeste. No Norte pode ter uma chuva ou outra no final da tarde, como acontece (quase) todos os dias. No Nordeste, é tempo bom o dia inteiro. Mas se você for para outra região vai ter que se arriscar.

Em Florianópolis, o medo era chegar lá e chover todos os dias, como aconteceu em 2008, ano em que o estado saiu em todas as mídias do país pelas tragédias causadas pelo excesso de chuva. Enchentes, deslizamentos de terra, casas que desabaram e milhares de desabrigados foram palavras comuns naquele ano. Os motoristas de taxi e as pessoas que trabalham no comércio me disseram, inclusive, que o número de turistas diminuiu bastante depois daquele ano, pois as pessoas ficaram com medo de algo semelhante acontecer.

De uma forma ou de outra, esse ano deu muito sol. Muito. Até demais. Não que esteja reclamando, só enfatizando como estava quente. Termômetros chegavam a 32 graus numa boa. E por isso... deu muita praia. Abaixo, algumas das 42 praias da ilha que valem uma visita:

Praia Barra da Lagoa

Relativamente pequena (650 metros), mas com uma boa infra-estrutura. Há barracas por todo lado, apesar de que a maioria das pessoas preferem ficar na areia. Ondas médias, o que significa que a praia é cheia de escolas de surf. Os surfistas se misturam aos banhistas, mas os primeiros preferem praias mais agitadas, como a praia do Mole ou a Joaquina.

(Barra da Logoa e seus faróis. O mais a esquerda ainda funciona)

Praia da Joaquina

É onde se encontram os surfistas devido às fortes ondas. Campeonatos nacionais e internacionais de surf começaram a colocar a praia da Joaquina no roteiro já na década de 1970. Com o tempo, passou a ser também o point de turistas e grandes grupos de excursão por ter uma infra-estrutura com banheiros, chuveiros e estacionamentos. A outra atração de Joaquina são as imensas dunas que aparecem um pouco antes de chegar a praia e ocupam uma enorme extensão. Há aluguel de pranchas para quem quiser se aventurar pelas "ondas de areia".

(Aluguel de pranchas para surfar na areia. Foto tirada desse link)

Praia Brava

No dia que visitei a praia Brava nem era para ter ido lá. Tentamos ir para Lagoinha mas não achamos lugar para estacionar. Esse problema foi ótimo, pois o visual da praia Brava foi uma surpresa. Da estrada já é possível ver mil telhados brancos e vermelhos das casas e condomínios residenciais chiques. As casas eram lindas. A praia também, extensa e com poucas ondas. Os bares de lá ficam bem movimentados. Além disso, lá é considerado um dos melhores lugares para a prática do Paraglider. Se passar em praia Brava e olhar para cima, você deve encontrar um desses pelo céu.

(Atrás desse monte de gente que estava na praia, tentem olhar para o fundo: alguns dos conjuntos residenciais que tem vista para o mar. Um privilégio a mais)

Praia de Ponta das Canas

É o local ideal para quem quer levar crianças pequenas. O mar é calmo quase parando, praticamente não tem ondas. A água é quentinha e rasa até um certo ponto. A diversão fica por conta dos caiaques, pedalinhos, boias, jet skys e outros equipamentos aquáticos que podem ser alugados por lá.

(No verão, a praia também fica cheia de barcos. Não sei se há barcos para alugar, mas, normalmente, eles são de pessoas que moram em Floripa e costumam passam o feriadão de ano novo no mar)

Praia de Jurerê

Jurerê é uma praia típica da ilha, com águas verdes e temperatura amena. É dividida em duas, Jurerê e Jurerê Internacional. A diferença entre elas é clara: a primeira é onde estão os ricos e a segunda onde estão os milionários. Em Jurerê estão os moradores mais antigos com suas casas bonitas e aconchegantes. A praia não tem lá aquela infra-estrutura, começando pela falta de barracas.

Jurerê Internacional é um bairro planejado com casas multimilionárias. A impressão era de estar em um subúrbio norte americano, onde vemos aquelas casas bonitas, sem muros e com jardins na frente onde, em dias comuns, vemos crianças andando de bicicleta pelo passeio. Não é pra menos que o sonho de todo catarinense é morar lá (ou na Beira Mar Norte).

(Deque da barraca Taikô. Aqui, as pessoas costumam beber champagne ao invés de cerveja durante o dia)

E onde tem gente rica, estrangeiros e branquelos que pegaram muito sol... vai ter barracas de praia com sombra e serviço bem feito. E cardápio caro que dobra na alta temporada. Ficamos na barraca Taikô, patrocinada por vinhos franceses e champagnes internacionais como Velvet Clicquot, a barraca parece um oasis, com cortinas bonitas, colchões e almofadas coloridas (inclusive na areia) e itens de decoração como uma garrafa de 15 litros de champagne... vocês entenderam ne? A praia só dá gente bonita e é o ponto alto e jovem (e caro) de Florianópolis. Essa praia merece um post a parte... aguardem!

Praia dos Ingleses

A praia é linda, com uma enorme faixa de areia branca e um mar bem azul cheio de ondas. Cheia mesmo. As vezes são tantas ondas fortes de uma vez que quando escapava delas e me virava para vê-la quebrando podia ver algumas pernas perdidas pelas espumas de pessoas que acabaram de levar caldos. Em compensação, a estrutura era péssima. Barracas pequenas, feias e com pouca sombra. A maioria só sabia (ou podia) oferecer guarda sol pra colocar na areia. Pelo menos os preços estavam em conta.

(Praia dos Ingleses no pôr-do-sol. Nessa hora, as ondas estão bem fortes. Foto tirada desse link)

Um comentário:

  1. Moro em Floripa há muito tempo e já percorri cada cantinho desta ilha. Preparei um post para os amigos que planejam visitar esse paraíso e fica aqui as dicas de uma "manezinha" para aproveitarem bem sua estadia por aqui: http://www.viagemcomgosto.blogspot.com/2011/12/verao-em-floripa.html
    Abraços, Anna Carolina Fernandes

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