terça-feira, 19 de abril de 2011

A melhor escolha da Costa do Cacau

Há um grande motivo para Itacaré ser um dos destinos preferidos de quem viaja à Bahia: paz, sossego e tranquilidade. A cidade ainda não foi tomada pelos turistas e seu clima praiano, principalmente na baixa temporada, atinge os níveis mais satisfatórios do litoral.


(Ta vendo algum ser vivo ali embaixo? Não? Exatamente...)

Dizer que ela não foi "tomada" pelos turistas não quer dizer que eles não estejam lá. E o ano todo. Por ser um destino nacional e internacional, há estrangeiros pra todo lado, e em todas as praias. Entre abril e junho e setembro e novembro eles se tornam 50% desse público, já que no Brasil não há ferias e, menos ainda, a cultura de se viajar sempre que a oportunidade aparece.

Mas a cidade também não é um marrasmo completo. Para um local receber uma boa quantidade de turistas ele precisa oferecer infraestrutura básica: hotéis, pousadas, restauranntes, comércio, estradas de acesso, etc. A grande sacada da cidade é oferecer isso na medida certa. Há muitos locais pra ficar, mas sem excessos. Há muitos restaurantes, concentrados quase no mesmo lugar. Há muitas praias, mas nem todas têm acesso fácil e é preciso fazer caminhadas de até 40 minutos para chegar. Assim, a cidade vai crescendo como destino turístico, sem perder o clima local.


(Belezas baianas)
A verdadeira jóia

De nada adiantaria se a cidade fosse tranquila demais e bonita de menos. Mas Itacaré ganha seus fãs ainda na estrada, que corta uma vegetação quase intocada de Mata Atlântica. Em todo o Brasil restam 5% desse tipo de vegetação, e parte dele está nesse pedaço da Bahia. A área entre Itacaré e Serra Grande é uma Área de Proteção Ambiental e foi considerada Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco. São 22 mil hectares de puro delírio (em zona) tropical.

E as estradas levam às praias, de água azul, areia branca e coqueiros verdes. Esses, a propósito, seguem o caminho contrário da Mata Atlântica pois estão lá substituindo a vegetação nativa. Antes, o espaço era ocupado por milhares de árvores de pau-brasil, que foram inteiramente exploradas pelos portugueses. Então os coqueiros (que nem brasileiros são, mas asiáticos) ganharam a paisagem.



(Surf em Tiririca e tranquilidade em Itacarazinho. As palavras poderiam ser ao contrário que - pelo menos nessa época do ano - não fariam diferença alguma)






É assim nas praias de Concha, Resende, Tiririca e Ribeira. Uma ao lado da outra, essas quatro praias formam um dos ambientes mais gostosos de Itacaré. O lugar tem poucas barracas de praia, muitas cangas coloridas na areia e uma galera tranquila e alternativa. Com boas ondas, as praias ficam cheias de surfistas. No final da tarde, na praia do Resende, quem quiser está convidado a fazer uma aula de capoeira, que atrai crianças, jovens, adultos, brasileiros e estrangeiros.

Os coqueiros também invadem as praias mais distantes ou de difícil acesso, como é o caso de Itacarezinho e Jeribucaçu. Na lista das mais bonitas praias da região, ambas são de difícil acesso. A primeira tem estrada, mas para entrar com carro os donos das terras cobram 10 reais. Já a segunda, nem de carro.

(As águas do rio Jeribucaçu encontram o mar na praia de mesmo nome. Foto tirada desse link)

Baladinha noturna

Pra completar, a vila de Itacaré é uma graça. Pequena que só ela, tudo está concentrado em um único lugar. Uma única rua, mais precisamente: Pedro Longo. Com lojinhas de ponta a ponta, traz padaria, mercado, tapioca, roupa de surf, aluguel de prancha e uma autêntica baiana, que vende acarajé e cocada na praça cental.

Hoje, a paisagem é outra. Há 10 anos, as opções eram poucas. Em 1998, porém, o governo construiu a estrada Ilhéus-Itacaré, que facilitou o acesso à cidade e aguçou a curiosidade do turista. O comércio percebeu rapidinho que o fluxo de pessoas estava aumentando e construiu, na mesma proporção, lojas, bares e pousadas. Tem hora que a coisa fica meio desorganizada: muitas placas, propagandas, varandinhas de madeira. Mas o clima é ótimo.


(A rua Pedro Longo durante a noite. Foto tirada desse link)

E começa a esquentar às 21h, quando o forró começa em alguns locais. Em termos de festa, o ritmo nordestino tem oferta e demanda na medida. Quem quer menos continua nos barzinhos. Quem quer mais pode procurar se informar sobre as raves e festas eletrônicas que acontecem na cidade - algumas com transporte gratuito.

Um comentário:

  1. Ju! Sabe alguma coisa das ondas de assaltos por lá, principalmente nas trilhas? Será que os assaltos diminuíram ou há mais policiamento? A temporada verão 2013 foi bem feia por lá e estou com 5 dias programados em janeiro 2014 para lá. Mas estou seriamente pensando em trocar esse destino, uma pena, pois vi que é bem bonito... Bjs

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