terça-feira, 30 de agosto de 2011

Último dia é topa tudo

Praças arborizadas, monumentos históricos, cafés encantadores. Mas nem só de charme vive Aix-en-Provence. Por que eu poderia morar lá pro resto da minha vida? Porque lá tem tudo. De um lado a tranquilidade é soberana, do outro a juventude entra em cena.

(A noite começa nos bares... Foto tirada desse link)

Aix é uma cidade universitária. Dos 142 mil habitantes, 41 mil são estudantes. E serão ainda mais: em 1º de janeiro de 2012 vai ocorrer a fusão das três universidades Aix-Marseille. Com isso será criado o maior polo estudantil da França. E é claro que isso também significa mais bares, mais boates, mais festas. Nada mal...!

Naquele dia, a gente nem precisou pensar muito no que fazer. No meio da tarde recebemos uma ligação do taxista que conhecemos na noite passada falando que tinha um primo em Aix-en-Provence. Tinha conversado com ele e contou que tinha conhecido três brasileiras e que elas estariam ali. Então o primo perguntou se tinha o nosso telefone e propôs que a gente saísse juntos, pois também não tinham nada a fazer. Foi muito estranho. Me senti como um objeto de exposição: "venham conhecer as brasileiras na França". Foi impossível dizer não...

Mas ao mesmo tempo, por que não? E torcemos para eles serem um pouco mais extrovertidos e não ficarmos como na noite anterior, com grande minutos de silência pairando no ar. Voltamos pro carro mais a noite, trocamos de roupa (sim, no carro) e dirigimos até o centro da cidade. Eles nos ligaram falando que estavam na avenida Mirabeau. Uma das vias mais importantes da cidade e, com certeza, a mais bonita. De tão arborizada, as árvores tapam o sol de quem passa ali no meio. Cheia de bares e restaurantes no entorno. Também nos disseram que o local recebe uma série de feiras e atividades ao longo do ano.

A noite ela ganha um charme a mais. No início da avenida fica a fonte da praça da rotunda, toda iluminada. Por estarmos próximos do natal, todas as árvores recebiam mil luzinhas amarelas e azuis. Mas o que mais nos chamou atenção foram os estabelecimentos: restaurantes e bares de todas as cores cheios de pessoas. E pareciam ainda mais vivos a cada minuto que passava.

(A fonte no início do cours Mirabeau. Fotos tirada desse e desse links)

Pizza e balada

A Rafa ficou dormindo no carro, no centro da cidade (deixa pra lá...). Eu e Fafá saímos para encontrar com o primo dele. Novamente, eram dois: o primo e um amigo. Eles estavam em uma das pizzarias mais legais da avenida. Comemos muito e comemos bem. Fafá pediu um carpaccio e eu um calzone. Estava disposta a pagar pois era o último dia da viagem. Eles pagaram tudo para nós. Não, eu não me sinto confortável nessas situações.

Ao menos, eles nos deixaram bem confortáveis. Eram super legais. Ficamos ensinando palavrões em português. Eles tentavam nos imitar chamando o garçom. Levantavam o dedo e soltavam um "filho da puta" e o garçom, sem entender nada, ia nos atender com um sorriso no rosto.

Saímos de lá e eles perguntaram aonde a gente queria ir. Dançar era a resposta. Resgatamos a Rafa e fomos para um pub irlandês que ficava aberto até as 2h da manhã. Bebidas, brindes e música eletrônica.

(... e termina nas boates. Como toda boa cidade universitária. Foto tirada desse link)

O espaço era pequeno, mas deu pra se divertir a beça. Dançamos muito, inclusive com pessoas que a gente nem conhecia. Tentamos cantar em português, erramos feio e ninguém percebeu. Conhecemos um monegasco tão humilde capaz de se chamar de pobre mesmo sendo dono de um Porsche. Levei um cutucão no ombro e tive de responder a uma menina que não, eu não era lésbica. Enfim, a noite foi ótima!

E então... não dormimos. Às 3h da manhã, saímos de Aix-en-Provence em direção a Clermont-Ferrand. A Fafá capotou de sono. Era eu e a Rafa revezando no volante e compartilhando técnicas para não pescar no meio da estrada enquanto a outra dormia. Alguns mil quilômetros depois (e erros da portuguesa do GPS), casa, comida e cama. Uma viagem para recordar nos sonhos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário