terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hospedagem inusitada

Há muitas formas de fazer uma viagem diferente. Uma delas é escolher um destino turístico que naquele fim de semana celebra alguma festa típica ou recebe algum festival. Outra é procurar pessoas que moram naquele lugar para te apresentar a cidade e mostrar, ao jeito -nativo-de-ser, os costumes e a cultura de um lugar. Muitas pessoas, porém, decidem se hospedar em hotéis inusitados.

(Proprietário da Villa Hamster mostrando como desfrutar das acomodações do hotel. Foto tirada desse link)

Tive contato com essa excêntrica forma de viajar quando descobri que em Nantes, cidade na região oeste da França, tinha um hotel em que as pessoas pagavam para serem ratos. O local se chama Villa Ramster e é todo decorado para isso. Nos quartos ois hóspedes encontram ração, feno, roda para fazer exercício e até uma fantasia, para quem quiser se sentir... mais a vontade. À época a diária custava 99 euros e estava fazendo tanto sucesso que o proprietário queria expandir o negócio e fazer hotéis para seres humanos que quisessem se tornar gatos ou cachorros.

Bizarro? Sem dúvida. Mas se analisarmos bem o dono não tem nada de louco. Afinal, se tem gente que procura esse tipo de serviço ele está mais que certo em investir. E é pensando nesse tipo de público - não necessariamente o público que gosta de se fantasiar de hamster - que os investidores vêm criando hotéis com design e propostas diferenciadas.

Uma das mais peculiares que já vi foi a hospedagem de luxo em um guindaste de cais. O local se chama Dockside Crane Hotel e fica na cidade de Harlingen, na Holanda. Como o quarto é único e super exclusivo, os casais pagam a bagatela de U$ 415 por dia. O acesso ao quarto é feito por meio de elevadores e uma escada liga o quarto à cabine de comando.

(O guindaste-hotel e o quarto principal ao lado. O local tem filas de espera de até oito meses. Fotos tiradas desse link)

Quem não se sentir muito confortável pode trocar a hospedagem no guindaste por uma noite em um avião. A 150 quilômetros dali, na cidade de Teuge, um Ilyushin 18, avião de design soviético construído em 1960, foi transformado em suíte de luxo. Com U$ 455 por dia, o casal pode desfrutar dos diversos cômodos que a cabine de 40 metros de comprimento oferece. O Airplane Suite oferece uma enorme TV de tela plana com coleção de DVD's, internet wi-fi, mini bar, sauna e jacuzzi. O avião não decola, mas os hóspedes podem encomendar voos especiais com direito a acrobacias no ar ou mesmo salto de paraquedas.

(O corredor de 40 metros mostrando a banheira e, ao fundo, o quarto. No aeroporto de Estocolmo, na Suíça, também há um Jumbo que faz as vezes de hotel. Fotos tiradas desse link)

Para quem gosta de arte nada melhor do que Propeller Island City Lodge, em Berlim, capital alemã. Cada quarto apresenta um conceito e é montado com o objetivo provocar uma experiência nova ao visitante. As propostas estéticas são realmente irreverentes. No quarto Upside Down, azulejos coloridos e cadeiras grudadas de cabeça pra baixo fazem o teto parecer chão. No Freedom, privada branca, buraco na parede e cama suspensa por cabos de ferro fazem o hóspede se sentir em uma cadeia. O Two Lyons tem jaulas de animais, o Grufts tem camas em formato de caixão e por aí vai. O preço varia de acordo com o quarto escolhido.

(Os quartos Upside Down e Freedom. Fotos tiradas desse link)

Se o tema for literatura, a ideia então é ficar no Library Hotel, em Nova Iorque. Os livros estão nas salas, no restaurante, nos quartos e, claro, na sala de leitura aberta 24 horas. Cada um dos dez andares apresenta livros de um tema, como Artes, Ciências, Conhecimentos Gerais, Filosofia e Religião. O preço é de U$ 220 por dia para o casal.

(Livros por todos os lugares. Foto tirada desse link)

Ao invés do aconchego de uma livraria, o turista pode escolher a rigidez de um palácio de gelo. O Ice Hotel, na impronunciável Jukkasjärvi, cidade suíça próxima ao círculo polar ártico, é um hotel feito inteiramente de gelo. E inteiramente significa tudo, desde as paredes aos lustres, passando pelas camas e pelos copos do bar. Os preços variam de acordo com a acomodação e a época do ano, mesmo assim são bastante salgados. Afinal, é um hotel é temporário. No verão europeu o gelo vira água e, quando o inverno começa, um designer é chamado para desenhar e construir novamente o Ice Hotel.

(A simples entrada do Ice Hotel esconde as belezas do seu interior. E pra quem acha que lá dentro é frio, a temperatura é quase sempre melhor que do lado de fora. Fotos tiradas desse e desse link)

A Bolívia também oferece um hotel parecido, mas ao invés de gelo, ele é feito de sal. O Palácio de Sal, localizada no Salar de Uyuni, a maior planície salgada do mundo. Paredes, tetos e grande parte do mobiliário do hotel é feito da substância. O local apresenta salão de jogos, campo de golfe, piscina, spa e conta com 16 cômodos que se assemelham a iglus salgados. O preço da diária varia de U$ 100 a U$ 135 de acordo com o quarto escolhido.

(O sal está por todas as partes, menos nas almofadas. Foto tirada desse link)

Para quem acha que o ramo hoteleiro não está peculiar o suficiente, há boas novidades. Em 2010 profissionais de diversos ramos começaram a construção do Poseidon Undersea Resort, um hotel de luxo embaixo d'água nas ilhas Fiji. Mais especificamente 12 metros embaixo d'água. O local vai contar com sete bares e seis restaurantes, entres eles o maior restaurante embaixo submerso do mundo, um mini shopping, boutiques e centro de esportes aquáticos. A inauguração do Poseidon está prevista para o ano de 2012.

(Perspectiva de como serão as cápsulas/quartos do hotel. Foto tirada desse link)

Independente da estética ou do propósito, o que todos esses hotéis mostram é que existe um público que busca uma experiência de viagem diferenciada. Para eles não basta fazer pequenos passeios inusitados ao longo dos diversos dias de estadia em uma cidade. É preciso mergulhar de cabeça em algo que lhes faça sair do roteiro comum. Muitos podem desfrutar de suas hospedagens como se fosse mais um hotel de luxo qualquer. Mas se eles realmente resolverem vivenciar a experiência a fundo, imaginando como deve ser a vida de pessoas que vivem constantemente em temperaturas negativas ou buscar entender o que leva um designer a propor um hotel para pessoas se fantasiarem de hamsters, o passeio com certeza será mais interessante.

Um comentário:

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