As pessoas viajam para comer coisas gostosas, claro. Mas podem viajar também para experimentar a culinária típica de uma cidade "x". E isso não quer dizer, necessariamente, que ela terá um paladar agradável. Isso porque o que é bom aqui não precisa ser bom do outro lado do mundo. Há tempos, em uma matéria do programa Fantástico, pediram para chineses do interior e italianos da região de Sardenha trocarem a iguaria mais apreciada em suas cidades.
Os chineses lhes deram ovos imperiais. Esse ovo fica enterrado cerca de um ano e só apreciado em dias festivos. Sua clara fica com um tom marrom escuro meio transparente (parece como o ambar dos filmes Jurassic Park) e a gema fica preta. Já os italianos lhes deram um Cazu Marzu, um queijo mofado que tem até larvas vivas no meio. Qual era pior? Nem sei... Mas ninguém conseguiu comer a iguaria da outra família.
Outro "maluco" é Andrew Zimmern, o apresentador do programa Bizarre Foods. A propaganda já diz: "Em um mundo de covardes, este homem é um herói". Para mim, ele é mesmo um herói. Não comeria nem um quinto das coisas estranha que ele come. Claro que ele vai no país e experimenta de tudo, o que de ruim e o que hé de bom. Mas o que há de ruim é tão exótico que eu jamais aceitaria o emprego.
Nessa onda, o jornal norte-americano The Times fez uma lista que contém as 10 comidas mais bizarras do mundo. Eles não tem ovo imperial ou queijos mofados. Mas também, nem precisam. Eles seriam só o aperitivo...
1. Cheseecake de jacaré: um animal como esse virar sobremesa parece piada. Mas o café Jacques Imo, em Nova Orleans (Lousiana - EUA), prepara essa torta.
(Se ninguém me falasse que era de jacaré eu até comia. Parece bonito! Foto tirada desse link)
2. Melão amargo: qual é a graça de comer uma fruta que não está doce, afinal? Esse melão é cultivado e servido em países da África e da Ásia.
3. Língua de sangue: na Alemanha, essa fatia de carne feita, na verdade, de sangue, é recheio de sanduíches. O coleguinha que fez essa matéria para o The Times jura que é uma delícia (mas eu duvido).
4. Joelho de galinha: alguma coisa que não é estranha para os mineiros. Não que aqui em Minas isso seja considerado uma iguaria ou coisa do tipo, mas conheço muitas pessoas que comem joelhos de galinha numa boa. O prato é chinês.
5. Haggis: este o Andrew Zimmern já comeu, e foi um dos episódios mais nojentos que eu jé vi pois eles mostraram todo o processo. Haggis é uma receita escocesa: estômago de carneiro recheado com pedaços de coração, fígado, pulmão e banhas em molho de sangue. Blergh!
(Olha que esse ta bonitinho. Tem uns com pedaços de gordura gigantes. Foto tirada desse link)
6. Lagosta viva: a "frescura" dos alimentos toma sua forma extrema nesse prato asiático. Metade do animal é cortado em pequenos pedaços e a outra metade colocada em um bloco de gelo para conservar seus reflexos motores. O bichinho é capaz de ver as pessoas lhe devorando.
7. Natto: é super nutritiva e faz muito bem para o corpo, mas muito mal para o paladar. A soja é cozida por 6 horas até a bactéria Bacillus subtilis natto surgir na mistura. Depois, "a coisa" é fermentada por 24 horas e envelhecida por uma semana. Soja, tinha que ser japonês...
8. Cacto espinhoso: é uma planta encontrada em diversas regiões áridas das Américas. No México ela se tranforma em comida. Para isso, os espinhos são removidos e o resto da planta pode ser servido grelhado, frito, ensopado...
9. Larvas grelhadas: Viscoso, mas gostoso. Esse deveria ser o "subtítulo" dessa comida australiana. Os cidadãos do país devem ter feito algum esforço para olhar para essas larvas, encontradas na raiz de certos arbustos, e acreditar que elas dariam em algum aperitivo. Algumas soltam esguichos. Eca!
(Larvas com torradas, folhas e tomate... mesmo assim não desce. Foto tirada desse link)
10. Teta da vaca: incrível como nada da vaca é desperdiçado. Na Toscana (Itália), enquanto os ricos comiam as partes nobres os pobres ficavam com o que sobrava. Hoje, é filé de sanduíches.
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