sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A escolha da cama certa

Visto, bagagem, dinheiro... de nada adianta ter tudo isso se você ainda não sabe onde vai ficar. E a praça mais próxima não é uma possibilidade. O lugar onde se vai passar as noites é uma das primeiras resoluções da viagem, principalmente porque é igual a passagem de avião: quanto mais cedo fizer sua reserva, mais barato fica.

(O hotel mais gostos que já fiquei tinha aquele clima desprentesioso de pousada, luzes noturnas na piscina e café da manhã com tapioca: Hotel Tubarão, em Natal. Foto tirada desse link)

Em (quase) qualquer lugar do mundo existe hospedagem para todo gosto. Eu particularmente, estou naquela fase de não dar a mínima pro lugar que vou dormir. O hotel pode oferecer sauna, cama king size e TV a cabo om 95 canais que eu não ligo. Afinal, eu só vou usar a cama durante 6 ou 8 horas por dia. O resto do dia, estarei fora do hotel. Meu pai diz que é porque ainda sou jovem e não me importo com conforto. Pode ser... enquanto isso, aproveito para pagar mais barato em hotéis sem estrelas e albergues divertidos.

Isso também depende do passeio. Em férias de descanso (normalmente aqueles de final de ano, aonde todos vão para uma praia qualquer) acho que alguns confortos fazem toda a diferença. Se um hotel desses tem piscina, rede e muita área verde já ganhou metade da minha simpatia.

Mas, em geral, uma coisa que sempre me chama a atenção é o café da manhã. Já contei nesse blog meu amor por café da manhã e meus sonhos dourados por mesas gigantes com mais de trezentas opções de frutas, pães, salgados, doces e quitutes (mesmo que eu não consiga comer metade). Não consigo acordar e não comer, seja na minha casa, seja do outro lado do mundo. Se o preço da diária com café da manhã valer a pena não penso duas vezes. Pode até ficar mais barato ir a uma padaria e comer um pão com queijo, mas aceito pagar um pouco a mais para comer no hotel, uma fruta, um pão e um pedaço de bolo, sem pressa. Se for muuuito mais caro do que comer fora (o que eu geral não acontece), escolho a padaria.

Hotéis e Pousadas

O nome "hotel" traz um certo respeito, enquanto o nome "pousada" é mais aconchegante. Mas acreditar que um hotel é mais chique (ou melhor) que pousada uma é mentira. Tem de tudo, pousadas que parecem resorts e hotéis que parecem albergues. Um bom guia para escolher o lugar aonde vai dormir no território brasileiro é o Guia 4 Rodas, que traz uma seleção de bojns locais com preços variados e ainda lista tudo o que eles oferecem, de estacionamento a passeio de cavalo.

(Já fiquei em hotéis Ibis no Brasil e no exterior. São iguaizinhos! Até a roupa de cama e o tapete tem as mesmas cores. Alguns chamam de controle de qualidade, outros de monotonia. O bom é que o cliente nunca vai ter uma surpresa. Foto tirada desse e desse link)

Outra boa possibilidade é ir ao site da Accor. Essa rede hoteleira é dividida em outras "redes". Se você escolher um hotel Formule 1 ele vai ser o mais barato e com menos conforto. O próximo é o Ibis e assim em diante até o Sofitel, mais caro e mais luxuoso. Eles têm hotéis pelo mundo inteiro e dá para reservar pela internet.

Albergues

Local de gente jovem, com pouco dinheiro e muita animação. Se quer saber, esse é um clichê verdadeiro. Os albergues são acomodações bem baratas. Eles têm quartos coletivos ou particulares. Os particulares são mais caros e costumam acomodar de 2 a 4 pessoas. A maioria têm banheiros coletivos. O resto dos cômodos, como cozinha e salas, também são de uso comum. A diária costuma incluir café da manhã, tudo bem simples. Também é normal terem festinhas no final do dia para os hóspedes se conhecer, conversarem e dançarem um pouco.

(Dos mais bagunçados aos mais arrumadinhos e descolados. Imagem do albergue Wake Up!, em Sydney, Austrália. Foto tirada desse link)

O Albergues da Juventude tem experiência e nome no mercado. Além da lista de albergues no Brasil o site tem uma seção com endereços eletrônicos de albergues no mundo inteiro. Com carteirinha de alberguista você consegue descontos. Outros bons lugares para reservar quartos são no Hostel World (eles cobram uma pequena taxa para reserva) e no Hostel Bookers. Todo ano, o Hostel World faz uma pesquisa entre seus inetrnautas considerada como o Oscar dos Albergues. O melhor? Traveller's House, em Lisboa. Veja a lista completa.

Casa de nativos

Quando viajamos, queremos conhecer o estino como se morássemos naquela cidade. Para isso, nada melhor do que ter como guia alguém da cidade. Em 2004, um homem chamado Casey Fenton criou o site CouchSurfing. Nele, pessoas oferecem seu "sofá" para os viajantes. E outras tantas aceitam. A ideia é ligar pessoas do mundo todo e, com isso, possibilitar a troca de conhecimento e cultura. Como eles dizem, "O CouchSurfing não é mobília, não é encontrar alojamento gratuito por todo o mundo; é estabelecer ligações por todo o mundo".
(Imagem oficial dos "surfistas de sofá". Foto tirada desse link)

Entrando no site, a pessoa se inscreve e entra em contato com os outros usuários. O viajante, chamado de surfer, pede um "sofá" na casa de um anfitrião. A duração, a natureza e os termos da moradia são acordados entre o dono da casa e o visitante. Não há nenhum custo ao viajante, a não ser que ele decida compensar o anfitrião ajudando com a comida e as despesas. O projeto têm seus críticos. Alguns não o acham seguro o suficiente e outros têm medo de que as pessoas se cadastrem para tirar proveito da situação (financieramente, amorosamente, etc).

Moradia

É uma forma de se viver mais comum quando pensamos em intercâmbios. É difícil encontrar alguém que esteja viajando por 15 dias ou um mês e procure uma moradia para se hospedar. As formas mais comuns são as casas de família, para estudantes menores de idade que ainda precisam de maiores que se responsabilizem por eles, as moradias universitárias ou as pensões.

(Imagem do prédio que ficarei em Clermont-Ferrand. Quartos individuais, banheiros e cozinha coletivos. Foto tirada desse link)

Durante meu intercâmbio, ficarei um uma moradia universitária, a 15 minutos (a pé) da minha faculdade. Conversando com outros colegas que também farão intercâmbio, descobrimos que a maior parte delas têm quartos individuais e todos os outros cômodos são coletivos. Isso as mais baratas, pois há moradias em que até os banheiros são individuais. A melhor parte de eu ter conseguido passar para Clermont-Ferrand, e não Paris, é que minha moradia vai ficar em 136 euros por mês, um excelente preço para a Europa. A moradia de uma amiga que vai para Paris é mais de 400 euros. Ela tem mais benfícios que eu, mas, nessa hora (e com o bolso apertado), quem liga pra essas coisas?

2 comentários:

  1. Ju,
    Adorei o blog! E aqui não se esqueça de pedir auxílio da Caisses d'Allocations Familiales (CAF). Sua moradia pode ser ainda mais barata: 96 euros! Boa viagem e aproveite muito Clermont!

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  2. Ei Raquel!

    Obrigada pelo elogia, pelas "boas viagens" (é hoje!) e pela dica! Quero mutio olhar isso que vc falou. Como faço: devo ir em algum lugar específico ou na faculdade mesmo?

    Beijos!

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