quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ó abre alas que eu quero passar!

Se tem uma cidade em Minas que o Carnaval não dá o menor ibope essa cidade é, pasmem, a capital: Belo Horizonte. Quem fica aqui no feriado pode se dar ao luxo de atravessar a rua sem olhar para os lados, não enfrentar filas para ir aos cinemas, pegar um bom lugar no bar que passa o jogo de domingo. Isso tudo porque a cidade esvazia!

Brincadeiras a parte, no Carnaval, BH fica um paradeiro só. E isso já é praticamente oficial, já que as comemorações da data acontecem uma semana antes. A tradicional Banda Mole - bloco no qual os homens saem vestidos de mulher - por exemplo, aconteceu no sábado passada. Outras festividades de bairro também tiveram seu espaço na semana passada.
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(Deusas do carnaval belorizontino. Foto tirada desse link)

A verdade é que já na sexta-feira as estradas enchem. São motos, carros e ônibus partindo para mil e uma cidades fora e dentro de Minas. Esse ano, escolhi a cidade de Diamantina. Alguns, depois de ler isso, perguntariam: "porque, meu Deus?". Vou explicar. Já passei Carnaval em mil lugares diferentes, mas nunca em uma legítima micareta. Se isso é bom ou se é ruim, só vou descobrir lá. Mas decidi descobrir pelo menos. Afinal, estou nova e ainda gosto de uma muvuca. Estou indo para lá antes que eu fique velha e com preguiça de ir pra esses lugares. Se gostar, inclusive, ainda terei vários anos pra voltar.

O que sei do Carnaval de Diamantina é que a cidade fica completamente entupida. Tão entupida que para andar 50 metros no meio da multidão as pessoas demoram 30 minutos. Também é comum faltar água nas casas mais centrais. O cheiro de xixi, pelo menos, é um problema do passado. Há alguns anos a polícia decidiu ser mais enfática: quem é pego tentando se aliviar pelas ruas da cidade ao invés de usar o banheiro público leva porrada.

(É pra essa zona aí que eu vou. Será que se eu tivesse no meio dessa multidão você me encontrava? Foto tirada desse link)
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Quanto a hospedagem, o mais comum é alugar casas ou quartos. Muitos moradores de Diamantina viajam nessa época exatamente para ganhar um dinheirinho extra. Quando não viajam, é costume alugar um ou mais cômodos para os turistas. A lógica, como rege o sistema capitalista, é a da oferta e procura: quanto mais cedo você procurar, mais oferta, mais barato. Quanto mais tarde, mais difícil encontrar e mais caro. Algumas fecham pacotes por verdadeiras pechinchas, cerca de 200 reais casa, almoço, transporte e limpeza. Eu, que fechei bem no início de janeiro, estou gastando 400 reais para isso tudo.
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Na mala, roupa de calor para manhã e frio para a noite, pois Diamantina é montanhosa e não escapa do vento frio nem no verão. Tênis e chinelo, roupa de cama, miojo e band aid. Acho que com isso dá pra sobreviver! Volto na quarta. Até sexta-feira no máximo conto as novidades.
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Bom carnaval para todos!

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