terça-feira, 1 de junho de 2010

Histórias de aeroporto

Aeroportos são sempre interessantes. Quando preciso ir a um o faço de bom grado. Aqui em BH, o problema é a distância, já que o Aeroporto Internacional de Confins fica a quarenta minutos da minha casa quando o trânsito decide cooperar. Mas não faz mal. Adoro ir a aeroportos!

(Uma imagem do lado de fora do Aeroporto de Confins. Foto tirada desse link)

As lojas são sempre muito legais. Isso porque os aeroportos são centros de compras diferentes. Sua estrutura comercial foi pensada de forma a atender o viajante e, assim, oferece um conjunto de produtos que você não encontra (juntos) em nenhum outro lugar. Em um aeroporto você sempre encontra: uma ótima livraria, lanchonetes com coisas gostosas e fáceis de carregar, uma mega doceria com balas, chocolates e afins, lojas de artesanato com produtos e souvenirs típicos da cidade onde você está, estabelecimentos com as bugigangas mais diversas.

Além disso tudo há as free shops, aquelas lojas imensas com grifes e produtos de marca que você pode comprar a vontade. Se os produtos durante a viagem podem estar sujeitos a cobrança de impostos e revisão da alfândega, nas free shops ta tudo liberado (sem exageros, claro). Uma dica: as melhores seções são as de perfumes, chocolates e bebidas alcóolicas, com marcas diferentes a preços acessíveis.

Outro motivo para gostar de aeroportos é a possibilidade de encontrar pessoas estrangeiras. Assim que escuto alguém conversando em uma língua que não o português fico atenta para ver se entendo o que ela está falando. As vezes beiro ao ridículo, quase perseguindo a pessoa, mas fingindo sempre que a proximidade entre nós é uma mera coincidência.

Mas acredito que a principal razão para gostar de aeroportos é o próprio movimento. As pessoas estão naquele local por diversos motivos. Assim como na música de Milton Nascimento (não que eu goste dela), tem gente partindo, chegando, se despedindo, se vendo novamente. Tem gente que faz uma grande festa ao rever um amigo antigo. Tem gente que viaja tanto que estar ali não passa de uma rotina. Sempre fico imaginando a história dessas pessoas: quem são, o que fazem da vida, para onde foram, o que trazem de volta.

Nesse quesito, sempre me detenho mais na ala dos que ainda vão viajar. As pessoas no chek-in ou na sala de embarque. Afinal, a ida costuma ser mais emocionante que a volta. Tanto que as pessoas sempre estão, mesmo chorando, com um olhar que varia entre o empolgado e o temeroso: loucas para sair dali e sem saber o que vão encontrar pela frente. As roupas e as malas as vezes dizem muito. Um terno? A negócios. Bagagem nas costas? Vai partir para um mochilão. Uma necessaire cheia de remédios? Deve estar com a família.

Claro, a sensação não é a mesma quando você está em um aeroporto a espera do seu voo por mais de três horas. E quanto maior a espera, menor parecem as lojas. Dependendo da demora, nem um shopping inteiro seria suficiente. É por causa dos atrasos que esses locais trazem lembranças ruins para muitas pessoas. O jeito é tentar aproveitar. Lembre-se que sempre há uma boa livraria por perto para uma palavra cruzada e uma mesinha, ali perto daquela lanchonete, para você pedir um salgado, um café e passar o tempo.

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