Algumas atrações, porém, não valem a pena. A Casa do Intendente é uma delas. Ela está em restauração para abrigar o Museu de Arte Sacra. Não sei como o museu vai ficar, mas por enquanto a única coisa que a casa oferece ao visitante, além de muita poeira, é um teto não restaurado com pinturas que datam do final do século XVIII.
Há outros pontos turísticos que valem muito a pena, mas não gastam muito tempo, como as igrejas, de uma forma geral. Igreja por igreja, outras cidades históricas oferecem mais. A casa da ex-escrava Chica da Silva é outra. A fachada é linda e os turistas podem tirar ótimas fotos, mas não tem muitas coisas dentro da casa.
Alguns lugares recomendo fortemente. Um deles é a Casa da Glória. A casa é formada por duas edificações dos séculos XVIII e XIX ligadas por um passadiço (este sim, o cartão postal mais famoso da cidade). Anteriormente o local era o colégio das irmãs vicentinas e o passadiço foi construído para que elas pudessem passar de um edifício ao outro sem serem vistas. Hoje é propriedade da UFMG e não tem lá muita coisa para se ver. Mas tire um tempo para ficar sentado no pátio da casa. Ele é muito bonito e tem um pé de cajá-manga liberado para quem quiser catar uma fruta). Outra coisa legal para fazer é reparar nos vestígios que ficaram da época em que era um colégio. Tem uma sala de estudos, por exemplo, com potinho de água benta e confessionário: era a sala aonde elas rezavam.

Outro lugar bacana é o Mercado Velho. Mas atenção: visite-o nas sextas à noite, ou nos sábados pela manhã, quando acontece a feira de comidas e bebidas típicas. Nos outros dias o lugar fica vazio, mas ainda assim vale uma foto: dizem que os arcos do local inspiraram Oscar Niemeyer a desenhar a fachada do Palácio da Alvorada, em Brasília. E por falar em Niemeyer, é em Diamantina que fica a casa aonde Juscelino Kubitschek passou sua infância. Traz mobílias e outros acessórios usados pelo ex-presidente, mas faz parte da lista de coisas que não se gasta muito tempo para ver.
Em matéria de museu, o do Diamante é o melhor. O local tem um rico acervo da região de Diamantina e mostra muito da época em que a cidade vivia praticamente em função da extração de pedras preciosas. Lá dentro é possível encontrar arte sacra, mobiliário, armas, pedras preciosas, roupas e entre outros materiais.
(Fotos de Foca Lisboa)