Em uma crise existencial daquelas, com direito a um divórcio avassalador, depressão e choro contido no chão do banheiro, Liz decide deixar o país e viver um ano fora: quatro meses na Itália, quatro meses na Índia e quatro meses na Indonésia. Essa é a tônica do livro autoral Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love) da jornalista norte-americana Elizabeth Gilbert.
(Foto retirada desse link)
Esse livro junta tudo que mais gosto de ler: é um romance que fala sobre viagem. Destrinchando um pouco melhor a história: com 31 anos Liz tinha uma carreira jornalística bem sucedida, estava casada há alguns anos e seu marido planejava ter um filho. Mas ela não. A situação foi ficando cada vez pior a ponto de passar noites e noites chorando no banheiro da sua casa se sentindo culpada por ter uma vida tão aparentemente feliz.
Daí, uma série de eventos e fatos a fazem decidir viajar. E o leitor acompanha tudo: a transformação do divórcio em um estágio no inferno, um novo namoro fracassado que a faz ficar ainda pior, o porquê da escolha desses três países. Assim, ela se manda.
Na Itália, ela come como uma louca e engorda 10 quilos em 4 meses. Ela mesma fala que colocar o país no roteiro foi uma decisão que só levou em conta o prazer: prazer de aprender italiano, de conhecer o país, de comer comidas maravilhosas. E é só isso que ela faz: se diverte.
Na Índia, ela busca Deus praticando yoga em um ashram, uma espécie de mosteiro que recebe pessoas do mundo inteiro a procura da evolução espiritual. A idéia era passar 6 semanas, mas as experiências foram tão enriquecedoras que ela decide esquecer sua viagem pela Índia e ficar lá os quatro meses.
Na Indonésia, ela se encontra com um velho médico indonésio na busca de conhecimento e, ao fim, se apaixona. Por um brasileiro!
O livro é ótimo. A autora se preocupa em passar mais do que suas impressões pessoais e situação emocional. Nas três partes do livro ela passa capítulos inteiros contando curiosades e explicando a história e cultura locais. Como exemplo posso citar o momento em que ela conta a origem da língua italiana e explica porque é tão bonita: ela foi "criada". A Itália tinha vários dialetos quando dois intelectuais foram designados pelo rei a decidir o que é o italiano. Após muita pesquisa eles escolheram o italiano da obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O italiano é praticamente uma língua literária! Além dessas pequenas histórias Elizabeth Gilbert dá várias dicas de viagem. Entre elas: leve poucas calças para a Itália porque um dia você vai engordar e ter que comprar outra.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre o livro, a própria autora pode responder. Esse link é do seu site oficial (obviamente em inglês) aonde ela responde às 10 questões mais frequentes sobre “Comer, rezar, amar”.
Ju, adorei esse post! Muito elgla você falar de um livro que tem como linha central as viagens que ela fez. Muito legal!
ResponderExcluirThais
Que bom que gostou! E o livro é ótimo também, a forma como ela vai "trançando" as experiências dela com outro tipo de informação é muito interessante!
ResponderExcluirBeijos