Na capital federal, o dia sempre começa com sol e céu azul. Não sei o que acontece, mas o azul de Brasília é mais azul que o normal. Talvez seja o fato de a cidade ser plana e fazer com que a gente observe o céu com mais frequência. Basta olhar pra frente. O que importa é que ninguém precisa se preocupar com o tempo se for à Brasília no inverno pois o clima vai estar sempre agradável.
Assim amanheceu a cidade em todos os dias em que estive lá. A parte ruim é que num dia lindo desses fica difícil passear por causa do calor. A parte boa é que meu amigo estava na cidade e pegou o carro emprestado com o pai. =P
Ele me explicou que não há muito o que fazer nas asas norte e sul, pois são áreas residenciais. Assim, ficaríamos basicamente no outro eixo. Propositadamente ou não, Lúcio Costa imitou até as funcionalidades de uma aeronave na hora de planejar Brasília, já que a maior parte das atrações, dos pontos turísticos e dos locais que realmente movem a cidade estão no corpo do avião, conhecido como eixo monumental - o que ele de fato é.
Em direção à cabine de comando
Edifícios de geometria elaborada, pouco rebuscados, pintados de branco. O eixo monumental guarda todas aquelas construções características de Brasília. Basicamente, a arquitetura que caracteriza o próprio Oscar Niemeyer, autor de grande parte das obras. A primeira construção no sentido oeste-leste é a Igreja Rainha da Paz. Inaugurada em 1994, ela foi feita em formato de barraca de campanha. Por fora, a igrejinha é encantadora. Por dentro... nem tanto. Ela é bastante comum, com exceção do teto cheio de fios e luminárias redondas nas postas que eu queria fazer igual na sala da minha casa.
Ali perto está o setor militar, um bairro de Brasília onde ficam os quartéis do exército brasileiro. Ao contrario da igreja, todas as construções do setor são grandiosas. A que mais chama a atenção é o palanque monumental, conhecido como Cúpula da Espada de Caxias, no qual acontecem as grandes paradas e anúncios oficiais. O espaço tem aquela "aura de poder". Até o teto foi projetado para isso: qualquer palavra, palma ou mesmo passo, cria um eco gigante. Motivo mais que suficiente para brincar embaixo da cúpula - a despeito do guardinha que tomava conta do local.
Mais a frente está o Memorial JK. Para quem não sabe, Brasília é um misto do pensamento organizacional de Lúcio Costa e do design artístico de Niemeyer. Mas nada teria acontecido se não fosse o louco do Juscelino Kubitschek. Afinal, todo visionário é taxado de louco.
Assim que assumiu a presidência do país, em 1956, deu início às obras que transformariam o interior de Goiás na capital do Brasil. O principal objetivo da obra era interiorizar a capital federal, necessidade descrita na própria constituição. Claro que Juscelino também lembrou que, dessa forma, teria algo grandioso para marcar seu nome na historia do Brasil. Assim se deu Brasília, que desde 1960, quando foi inaugurada, presta homenagem ao seu idealizador em nomes de ruas, edifícios, estátuas e museus.
O memorial é uma homenagem. A maior delas, no caso. É um espaço dedicado exclusivamente ao ex-presidente. A praça é composta de um museu, uma estátua de JK com sua esposa e outra estátua feita em bronze em que Juscelino acena para a cidade, como a dar um "oi" aos seus cidadãos, do alto de uma armação de ferro. Ela é bem imponente e se transformou em cartão postal da cidade (mas antes disso recebeu críticas de pessoas que viam ali representações da foice e do martelo, símbolos do comunismo de Oscar Niemeyer).
Paradoxalmente, um dos locais que mais gostei de ir não é bonito, grandioso ou monumental. Assim é a torre de TV, que apesar de feia, funciona como um mirante. O elevador (gratuito) leva os visitantes a um espaço aberto com uma vista de 360º da cidade. Dá para ver absolutamente tudo lá de cima. Logo a frente, o Conjunto Nacional e o Conic, espaços de convivência da população, a Praça dos Três Poderes, a Esplanada dos Ministérios. Do outro lado, o estádio Mané Garrincha, em reforma para a Copa 2014, a Feira da Torre, o Parque da Sarah Kubitschek. De cada lado, os lindos prédios das asas norte e sul. A torre é um local para se perder tempo.
E parece que para compensar a construção antiga que, o governo resolveu fazer outra torre de TV. Dessa vez, projetada por Oscar Niemeyer. O projeto se chama "Flor do Cerrado". As pétalas são cúpulas de vidro: em uma delas há um espaço de exposição e na outra um bar/café que ainda não está em funcionamento. A torre com 180 metros de altura foi inaugurado em 21 de abril desse ano e já se tornou no novo ponto turístico da cidade.
A Torre fica bem afastada do centro e para ir lá é preciso um carro. Mas atenção aos desavisados: o local só funciona aos sábados, domingos e feriados, de 9h às 17h. A visitação é gratuita.
(No finalzinho da tarde já começam a aparecer as nuvens. O azul anil permanece intacto)
Assim amanheceu a cidade em todos os dias em que estive lá. A parte ruim é que num dia lindo desses fica difícil passear por causa do calor. A parte boa é que meu amigo estava na cidade e pegou o carro emprestado com o pai. =P
Ele me explicou que não há muito o que fazer nas asas norte e sul, pois são áreas residenciais. Assim, ficaríamos basicamente no outro eixo. Propositadamente ou não, Lúcio Costa imitou até as funcionalidades de uma aeronave na hora de planejar Brasília, já que a maior parte das atrações, dos pontos turísticos e dos locais que realmente movem a cidade estão no corpo do avião, conhecido como eixo monumental - o que ele de fato é.
Em direção à cabine de comando
Edifícios de geometria elaborada, pouco rebuscados, pintados de branco. O eixo monumental guarda todas aquelas construções características de Brasília. Basicamente, a arquitetura que caracteriza o próprio Oscar Niemeyer, autor de grande parte das obras. A primeira construção no sentido oeste-leste é a Igreja Rainha da Paz. Inaugurada em 1994, ela foi feita em formato de barraca de campanha. Por fora, a igrejinha é encantadora. Por dentro... nem tanto. Ela é bastante comum, com exceção do teto cheio de fios e luminárias redondas nas postas que eu queria fazer igual na sala da minha casa.
(Igreja Rainha da Paz por dentro e por fora)
Ali perto está o setor militar, um bairro de Brasília onde ficam os quartéis do exército brasileiro. Ao contrario da igreja, todas as construções do setor são grandiosas. A que mais chama a atenção é o palanque monumental, conhecido como Cúpula da Espada de Caxias, no qual acontecem as grandes paradas e anúncios oficiais. O espaço tem aquela "aura de poder". Até o teto foi projetado para isso: qualquer palavra, palma ou mesmo passo, cria um eco gigante. Motivo mais que suficiente para brincar embaixo da cúpula - a despeito do guardinha que tomava conta do local.
(Cúpula gigante)
Mais a frente está o Memorial JK. Para quem não sabe, Brasília é um misto do pensamento organizacional de Lúcio Costa e do design artístico de Niemeyer. Mas nada teria acontecido se não fosse o louco do Juscelino Kubitschek. Afinal, todo visionário é taxado de louco.
Assim que assumiu a presidência do país, em 1956, deu início às obras que transformariam o interior de Goiás na capital do Brasil. O principal objetivo da obra era interiorizar a capital federal, necessidade descrita na própria constituição. Claro que Juscelino também lembrou que, dessa forma, teria algo grandioso para marcar seu nome na historia do Brasil. Assim se deu Brasília, que desde 1960, quando foi inaugurada, presta homenagem ao seu idealizador em nomes de ruas, edifícios, estátuas e museus.
("Tudo se transforma em Alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã", placa com frase de Juscelino Kubitschek, em frente ao memorial)
O memorial é uma homenagem. A maior delas, no caso. É um espaço dedicado exclusivamente ao ex-presidente. A praça é composta de um museu, uma estátua de JK com sua esposa e outra estátua feita em bronze em que Juscelino acena para a cidade, como a dar um "oi" aos seus cidadãos, do alto de uma armação de ferro. Ela é bem imponente e se transformou em cartão postal da cidade (mas antes disso recebeu críticas de pessoas que viam ali representações da foice e do martelo, símbolos do comunismo de Oscar Niemeyer).
(Juscelino e Sarah. Eternizados na história nacional)
Paradoxalmente, um dos locais que mais gostei de ir não é bonito, grandioso ou monumental. Assim é a torre de TV, que apesar de feia, funciona como um mirante. O elevador (gratuito) leva os visitantes a um espaço aberto com uma vista de 360º da cidade. Dá para ver absolutamente tudo lá de cima. Logo a frente, o Conjunto Nacional e o Conic, espaços de convivência da população, a Praça dos Três Poderes, a Esplanada dos Ministérios. Do outro lado, o estádio Mané Garrincha, em reforma para a Copa 2014, a Feira da Torre, o Parque da Sarah Kubitschek. De cada lado, os lindos prédios das asas norte e sul. A torre é um local para se perder tempo.
(Vídeo - tosco, mas sincero - com vista panorâmica da torre da TV)
E parece que para compensar a construção antiga que, o governo resolveu fazer outra torre de TV. Dessa vez, projetada por Oscar Niemeyer. O projeto se chama "Flor do Cerrado". As pétalas são cúpulas de vidro: em uma delas há um espaço de exposição e na outra um bar/café que ainda não está em funcionamento. A torre com 180 metros de altura foi inaugurado em 21 de abril desse ano e já se tornou no novo ponto turístico da cidade.
(Segunda foto da Anna Bárbara, do blog Nós no Mundo. Nesse link ela fala um pouco mais sobre a Torre de TV Digital de Brasília)
A Torre fica bem afastada do centro e para ir lá é preciso um carro. Mas atenção aos desavisados: o local só funciona aos sábados, domingos e feriados, de 9h às 17h. A visitação é gratuita.
Olá Ju!!
ResponderExcluirObrigada pela indicação do Nós no Mundo!
Tenho que concordar, o céu de Brasília é mais azul e o pôr do sol mais colorido, rsrs. Sou suspeita, adoro a cidade!!
Quanto à Torre Digital, a vista lá do alto é linda. O único problema são as filas gigantesca para subir...
Bjs, Anna
Oi Anna!
ExcluirImagina! Obrigada a vocês pela foto. Não consegui subir na Torre e fiquei chateada... sei lá, esse sentimento de que as coisas são públicas em Brasília me fizeram ter certeza que eu tinha o direito de subir! Hahahahahaha
Também gostei muito de ter ido a capital federal?
Beijos!
Mais azul que o azul... também tive essa impressão em todas as oportunidades em que estive lá. Jamais peguei um dia nublado, sempre tudo azul. Chuva então? Nem pensar!!! Lindo post. Abraços,
ResponderExcluirPaula
www.mochilinhagaucha.blogspot.com.br
...
Engraçado o clima de Brasília ne? Na verdade, me agrada muito, pq não gosto de frio e muito menos de chuva!
ExcluirObrigada pelo elogio!
Beijos!